segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Namorar é para casar, casar é para namorar

Pr. Josué Gonçalves é terapeuta familiar, pastor sênior do Ministério Família Debaixo da Graça - Assembleias de Deus em Bragança Paulista – SP, bacharel em teologia, com especialização em aconselhamento pastoral e terapia de casais, exerce um ministério específico com famílias desde 1990. Ver outros artigos da coluna: Família
13/08/12 - 11:48
 
    Namorar é para casar, casar é para namorar
A construção de um casamento começa no namoro. Sempre digo nas minhas palestras que namorar é para casar e casar é para namorar. No mês dos namorados (junho), é muito oportuno refletir sobre casamento. Falar de casamento é falar de um modelo adulto de intimidade, de uma espécie de separação (deixa) e união (une-se) que faz parte do modelo adulto da nossa estrutura. Procriação, sobrevivência da espécie, dependência e complementação no outro, fundem-se em um único intuito e conduzem o ser humano através dos tempos a uma economia sócio-comportamental ideal: a família. Segundo o Dr. Carl A. Whitaker, para compreender o que significa casamento, é necessário ter alguma ideia do que é o ser humano, do que é o indivíduo, antes de se unir a alguém e quais são os aspectos funcionais da união. Em sua participação no congresso internacional, realizado pela Sociedade Italiana de Terapia Familiar, em Roma-Itália, ele diz:
“É óbvio pensar que o ser humano sofre de uma deficiência, do ponto de vista biológico: sozinho, não tenho possibilidade de continuar no tempo, sou excluído. Sou um deficiente porque não tenho seios, nem vagina. Não posso me reproduzir. Essa deficiência faz parte do background funcional do intenso desejo pelo outro. Se eliminarmos, por um momento, o instinto de reprodução, perceberemos que o meu problema é ser incompleto. Faltam-me componentes que são parte da minha necessidade biológica. Consequentemente, o que está por trás do casamento é que eu sou um indivíduo em que falta alguma coisa”.
Apesar das crises entre os casais, as estatísticas epidemiológicas demonstram que as pessoas casadas vivem melhor, sob qualquer ponto de vista, do que as pessoas divorciadas ou viúvas. Isso vale para o índice de mortalidade, drogas, alcoolismo, estado de defesas imunológicas, número de infartos, câncer, suicídios, etc. Também nas pesquisas sobre satisfação da própria vida, sobre dedicação e sucesso profissional, as pessoas casadas têm resultados melhores do que as pessoas sem parceiros. Diante desta constatação, posso afirmar que o casamento ainda vale a pena.
O casamento pode ser uma das experiências mais gratificantes na vida. Isto porque, casar é decidir amar alguém de forma muito especial e juntos construírem uma história digna de ser contada. Como terapeuta de casais, minha esperança é que as pessoas compreendam que é possível permanecer casado e feliz, basta tomar as decisões certas.

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